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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 08/10/2004 | CADERNO: Niterói | PÁGINA:

Temas
Preço da segurança
Medo, comportamento e sociabilidade

Notícia
Alunos de escolas de Niterói engrossam a turma que convive com insegurança e medo tanto quando vai para as aulas quanto na hora de voltar para casa. Relatos sobre roubos nas ruas de acesso a colégios se acumulam e a preocupação com a violência levou o Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado do Estado (Sinepe). (…) — As escolas são obrigadas a contratar seguranças porque o governo não garante a integridade dos alunos. Assaltos são corriqueiros — conta o presidente do Sinepe, Luís Henrique Mansur. — Vamos fazer a reunião e organizar um movimento de protesto — acrescenta ele, que também é diretor do Centro Moderno de Ensino, na Rua Mem de Sá, em Icaraí, próximo ao Instituto Abel, na Avenida Roberto Silveira. (…) Todas as grandes escolas têm segurança particular. O Colégio Salesiano, em Santa Rosa, pretende ir além e, até o ano que vem, terá câmeras no portão de entrada. No São Vicente de Paulo, em Icaraí, são sete vigilantes com rádios em frente ao colégio e nas ruas próximas para proteger alunos. Ao impedir assaltos e ao abordar pessoas em atitude suspeita, os vigias apreenderam, só no primeiro semestre deste ano, um estilete, uma faca, dois recipientes com cola e uma pistola de brinquedo. (…) Ao mesmo tempo, a titular da DPCA, delegada Alice Cunha, conta que as estatísticas que recebe sobre crimes cometidos por menores de idade não refletem o que dizem os seguranças particulares, para os quais a ação de menores infratores são o principal problema da área. — Estamos investigando um grupo de menores que vendem drogas em portas de escolas, mas não recebemos muitos registro de ocorrências de roubos e furtos. Seria bom que os representantes das escolas procurassem a delegacia — recomenda ela, sem dar detalhes sobre a investigação.

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