Fonte
MÍDIA: Revista | VEÍCULO: O Globo | DATA: 16/10/2005 | CADERNO: Revista O Globo | PÁGINA:

Temas
Medidas de segurança
Privatização e terceirização da segurança
Morar com medo nas cidades

Notícia
(…)Os jovens de classe média alta, sob o domínio do medo que ronda a cidade, seguem o exemplo dos milionários e só saem para se divertir escoltados por um segurança particular. É o personal police, um profissional, regularizado ou clandestino, que se tornou indispensável em baladas da Zona Sul e da Barra da Tijuca. Por R$50 em média, o personal police pega o jovem por volta de 22h em casa e, com o carro dos pais, leva-o para shows, festas e boates. Entra nos lugares, muitas vezes armado e, se tiver pancadaria, retira o “segurado” da linha de fogo. No fim da noitada, ao amanhecer, devolve-o intacto, com chaves e carro na garagem. O personal police foi a solução encontrada por mães e pais de adolescentes e jovens de 18 a 25 anos, apavorados não só com a violência das ruas, mas com a das próprias festas e shows, onde brigas e consumo de drogas são uma rotina inevitável. (…)
Quem tem carro blindado leva os amigos, quem não tem pode alugar um, em empresas como a J. R. Durand. Há seguranças de todos os tipos. Desde os ilegais (policiais civis ou militares que fazem bicos) aos regularizados, como os agentes da Forseg, do comandante Aécio Malaguti, que adverte para o perigoso outro lado da moeda da segurança privada. “Além de inexperientes, essas babás armadas podem ser aliadas de bandidos. Nesses casos, o personal police é um risco” alerta.(…)

Skip to content