Fonte
MÍDIA: Jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 04/05/2006 | CADERNO: Rio | PÁGINA:
Temas
Medidas de segurança
Privatização e terceirização da segurança
Notícia
Em cerca de 70% dos casos de assaltos a residências, indústrias e lojas onde há seguranças clandestinos
trabalhando, o crime é facilitado por um dos vigilantes. A estimativa é do Sindicato de Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ), que alerta para os riscos de se contratar um profissional não qualificado para cuidar de condomínios, lojas e ruas. (…)O número de clandestinos é mais que o triplo de todo o efetivo das polícias Civil e Militar (48.118). Segundo a Polícia Federal, somente este ano foram feitas 80 denúncias contra empresas ilegais. Despreparados, esses seguranças informais podem facilitar a ação de quadrilhas (…)Ao todo são 150 empresas de segurança legalizadas no estado. O número das clandestinas pode ser o dobro, segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes, Fernando Bandeira (…) De acordo com ele, os bairros que mais usam vigilância clandestina são Barra da Tijuca, Recreio, São Conrado, Campo Grande, Jacarepaguá e Centro. Na Barra, por exemplo, há 22 guaritas em 63 ruas do Jardim Oceânico e do Tijucamar. A maioria é clandestina, segundo o presidente da associação de moradores, Eric Pereira:
— A população fica com medo porque não vê policiamento nas ruas. O efetivo do 31 BPM (Barra) é insuficiente para cobrir uma área tão grande. Os grandes condomínios, como o Novo Leblon, podem pagar a empresas legalizadas. Já os moradores de prédios pequenos apelam para a segurança clandestina.(…)