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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O GLOBO | DATA: 02/01/11 | CADERNO: RIO | PÁGINA: 02

Temas
Políticas públicas de segurança

Notícia
O governador Sérgio Cabral voltou ontem ao plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para tomar posse do seu segundo mandato. Durante a rápida cerimônia comandada pelo deputado estadual Jorge Picciani (PMDB), presidente da Casa, Cabral prometeu que, até o fim do seu governo, livrará o estado do poder do tráfico de drogas e das milícias. A Secretaria de Segurança trabalha por enquanto com a ideia de chegar ao total de 40 Unidades de Polícia Pacificadora (já existem 13) para 140 comunidades. Algumas delas com mais efetivo policial do que a média usada até agora (180 PMs por unidade), como no caso dos complexos do Alemão e da Penha, que deverão ter cinco UPPs com 2,2 mil homens. Nesse caso, uma UPP pode fazer a segurança de mais de uma favela: — Nós não vamos extinguir os marginais ou a venda de produtos ilegais. Isso há em outras cidades, como Nova York, Estocolmo, Paris ou Buenos Aires. O que não podemos é ter essa situação vexatória de controle armado em comunidades do Rio. Cabral afirmou que a segurança será a prioridade do seu governo e que, sem ela, as outras políticas ficam prejudicadas: — Temos muitos desafios pela frente. Na área dos transportes, da agricultura, do meio ambiente, do saneamento, da infraestrutura, da saúde, da educação. Mas tudo isso perde peso, perde importância, enquanto nós tivermos um bairro ou uma comunidade dominada pelo poder paralelo. Por isso, reafirmo aqui que, em 2014, não haverá uma comunidade, um bairro do estado dominado pelo poder paralelo. Seja de miliciano, seja de traficante.