Autores
Danielly Brondani dos Santos – Bolsistas de Iniciação Científica – CNPq
Gustavo Seixas Guimarães – Bolsistas de Iniciação Científica – CNPq
Orientadora
Profª Drª Sônia Maria Taddei Ferraz
Evento
– 13º Seminário de Iniciação Científica e Prêmio UFF Vasconcellos Torres de Ciência e Tecnologia – nov. de 2003
Premiação Trabalho Premiado: 2º lugar na área de Ciências Sociais Aplicadas
Resumo
O trabalho constitui uma das reflexões sobre a “Arquitetura da Violência” como desdobramento de “Medo como Mercadoria” e de “Morar com Medo”.
Recuperando trabalhos apresentados em seminários anteriores (Morar nas Metrópoles, Medo como Mercadoria e Morar com Medo), o objetivo é analisar o redesenho da arquitetura, a partir do medo da violência, que provoca alterações nas relações sociais urbanas marcadas pela individualização. Este comportamento que alimenta, domestica e potencializa o medo, induz as classes de maior renda ao autoconfinamento. Os padrões determinados pelo mercado de segurança definem “uma nova coletividade” pela soma dos medos e proteções individuais que se repetem. Nas grades e nos muros que margeiam quase todas as ruas, reconhecemos a dimensão do medo e o valor do patrimônio protegido. Ao mesmo tempo em que esses aspectos simbolizam o crescimento e a realização do vasto mercado que se alimenta do crescimento do pânico e dos novos modos de vida privada e de vida coletiva, que eles acarretam.
Como exemplo incontestável a Arquitetura Moderna residencial brasileira, com alterações registradas nos últimos anos, é reveladora desse desenho físico e social urbano.
A análise tem ainda o objetivo de cumprir um importante desafio da pesquisa: o desvendamento desse quadro como possibilidade de trazer para reflexão dos Arquitetos os compromissos éticos e estéticos que extrapolam as fronteiras da prática profissional, para a prática social de resgate da cidadania e da sociabilidade, no sentido da afirmação de Leonardo Boff: “inaugurar um mundo humano que ama a vida, dessacraliza a violência (…) faz justiça verdadeira”.
Pesquisa financiada pela FAPERJ -Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro