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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: Jornal do Brasil | DATA: 31/05/09 | CADERNO: | PÁGINA:
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A palavra da moda é muro, ou seu eufemismo – ecolimite. Na comunidade Dona Marta, em Botafogo, ele já está em fase adiantada de construção e, na Rocinha, em São Conrado, as associações de moradores negociaram com o governo do estado e concordaram em coibir o crescimento horizontal da favela, protegendo assim a mata que a cerca. O primeiro desses muros, no entanto, está fazendo 27 anos e foi erguido por moradores do Alto Gávea na extensão da Rocinha que se derramou sobre o bairro.
– Fui eu e mais uns oito moradores que financiamos a construção – conta o advogado e presidente da Associação de Moradores do Alto Gávea, Luiz Fernando Penna, 64, recente pivô de uma discussão sobre peças de arte nazista em uma festa da Adidas. – Na época, convocamos todos os moradores daqui, mas como sempre, há uns que não contribuem.
Nem pedimos permissão à prefeitura, mas, pelo menos, do nosso lado a favela foi contida. O muro, de cerca de 500 metros de extensão e três de altura, foi erguido entre 1979 e 1982 e limitou o crescimento do sub-bairro da Rocinha chamado 199, que hoje tem entre 200 e 500 moradias, a maioria já de alvenaria.