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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: Folha de São Paulo | DATA: 31/03/08 | CADERNO: Cotidiano | PÁGINA:

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Arquitetura e mercado
Morar com medo nas cidades

Notícia
O medo da violência aumentou o faturamento da indústria de segurança privada e alterou hábitos de moradores nas grandes cidades brasileiras.
(…) Ela reclama também que, no bairro onde mora, vários vizinhos decidiram contratar agentes de segurança privada e fechar ruas com a instalação de cancela, diminuindo a circulação de veículos.
Na capital paulista, onde a probabilidade de sofrer qualquer tipo de crime é de 85%, Lygia Horta, moradora de Moema (zona sul), tomou atitudes drásticas.
Para reduzir os riscos de assaltos a sua casa, ela deixou de contratar empregados domésticos e aumentou os muros.
“Desde que a onda de violência começou, lá pelos anos 80, passamos a investir mais em segurança. Hoje, os vizinhos brincam que minha casa parece uma fortaleza, com grades e muros altos”, conta ela.
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O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Rio de Janeiro, Frederico Camara, afirma que o faturamento do setor tem crescido numa média de 10% a 12% ao ano. Ele diz ainda que um dos serviços cuja procura mais aumentou foi o de escolta.
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Em São Paulo, José Adir Loiola, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado, afirma que o crescimento do setor no Estado está hoje estabilizado em cerca de 5%, depois de um período de forte crescimento que se encerrou há quatro anos.
“Quase todas as empresas e órgãos públicos já têm serviços de segurança privada. O que está impulsionando o mercado em São Paulo são os novos condomínios e escritórios que estão surgindo.”

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