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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 01/05/11 | CADERNO: Rio | PÁGINA: 30
Temas
Arquitetura e mercado
Políticas públicas de segurança
Notícia
A oferta de crédito fácil por instituições financeiras particulares e os subsídios públicos do programa Minha Casa Minha Vida, para a nova classe média, levaram a região entre Bangu e Campo Grande (AP-5) a consolidar a primeira colocação no ranking, em área construída, de novas unidades lançadas pela Secretaria municipal de Urbanismo.
A região teve um crescimento de 25,5% no número de unidades licenciadas (18.040 em 2009 para 22.664 em 2010). Na contramão, a AP-4 (Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá), onde predominam principalmente lançamentos voltados para a classe média e classe alta, caiu 16,7% (de 14.123 unidades para 11.767 no ano passado):
— As construtoras descobriram um filão e foram atrás. Além da oferta de crédito, outros fatores explicam essa expansão. As indústrias que estão se instalando na região geram mais emprego e renda. Os terrenos são mais baratos, permitindo lançamentos de condomínios de qualidade com apartamentos maiores. (…) — explicou o secretário de Urbanismo, Sérgio Dias.
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A estudante de enfermagem Victória Newman, 19 anos, que mora em Campo Grande com o pai, aproveitou o crescimento do mercado na região. Criada em um apartamento de dois quartos com 50 metros quadrados, ela se muda em 15 dias para um imóvel maior. O apartamento, que fica no condomínio Atlantic Park, foi construído no terreno de uma antiga fábrica de café e tem 85 metros quadrados e três quartos. O condomínio oferece segurança particular, quadra esportiva, piscinas e academias.
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O consultor de mercado imobiliário, Paulo Fabbriani, aposta na expansão imobiliária da AP-5:
— A região é o caminho de expansão natural da cidade com a redução da oferta de áreas de construção no entorno da Barra.
E a tendência é uma expansão ainda maior no mercado quando as obras da Transoeste (corredor com ônibus articulados que ligará a Barra da Tijuca a Santa Cruz) for inaugurado. Sérgio Dias acrescentou que o desafio agora é consolidar o crescimento imobiliário da Zona Norte com o melhor aproveitamento de terrenos que dispõe de infraestrutura urbana implantada, mas que estão subaproveitados. Ele acredita que, a partir deste ano, haverá um aumento de lançamentos imobiliários
na Grande Tijuca por conta do sucesso das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).
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