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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: Folha de São Paulo | DATA: 06/11/2005 | CADERNO: Cotidiano | PÁGINA:

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Condomínio fechado
Medidas de segurança

Notícia
Passadeira aposentada, Judite Almeida Bispo, 67, jamais imaginou um dia fazer parte de algum condomínio fechado.
A passadeira aposentada faz parte de um grupo crescente de moradores de municípios como Cotia, Indaiatuba, Carapicuíba, Ibiúna e até mesmo São Paulo que, de forma involuntária, vivem em “situação de condomínio”.
São pessoas que moram em casas localizadas em vias públicas, mas cujos acessos foram fechados pela vizinhança como uma maneira de combater a violência.
A colocação de cancelas, muros e portaria é acompanhada da divisão de despesas. E mesmo quem não concorda vem sendo pressionado a pagar –nos últimos anos, por centenas de ações judiciais.
Diante da expansão desses casos e da enxurrada de processos na Justiça, um grupo de cerca de 50 famílias se reuniu no mês passado para criar a Associação das Vítimas de Loteamentos e Residenciais do Estado de São Paulo.
A polêmica sobre os bolsões de residências se estende à restrição de acesso a ruas, lagos e praças públicas. Quem quer passar pela entrada tem que se identificar.
Muitos dos loteamentos fechados são aprovados por lei municipais. As prefeituras os vêem com bons olhos, já que não entram nos bairros para fazer serviços como limpeza e sinalização. Em alguns casos, nem os Correios têm acesso –as cartas ficam na portaria.

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