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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: Folha de São Paulo | DATA: 01/06/2003 | CADERNO: Imóveis | PÁGINA:

Temas
Medidas de segurança
Condomínio fechado
Medo, comportamento e

Notícia
Não é só quem vive do lado de fora de cancelas e portões que é contra o projeto de lei 048/03. Segundo o Ministério Público, são frequentes as reclamações de moradores que se dizem intimados a colaborar com recursos para cobrir gastos com serviços, em especial de segurança, que antes estavam sob responsabilidade da prefeitura ou do governo do Estado.
“A rua é um espaço público, de ir e vir, onde a sociabilidade é possível”, diz a geógrafa Ana Fani Alessandri Carlos, 50, professora da Faculdade de Ciências Sociais, Letras e Filosofia da USP (Universidade de São Paulo) e autora de trabalhos de geocrítica. Para ela, existe uma tendência de as pessoas extrapolarem para as ruas de bairros consolidados da cidade aquilo que, nos anos 70 e 80, originou os condomínios fechados.
“No Alto de Pinheiros [distrito com predominância da classe A, na zona oeste], esse fenômeno de criação artificial de condomínios é bastante comum. Os moradores, com guaritas, tomam conta de uma parte da cidade que não lhes pertence e criam uma espécie de status imobiliário em detrimento da cidadania.”

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