Fonte
MÍDIA: Jornal | VEÍCULO: Folha de São Paulo | DATA: 19/06/2005 | CADERNO: Cotidiano | PÁGINA: capa e página 03

Temas
Sensação de insegurança
Morar com medo nas cidades
Medo, comportamento e sociabilidade
Preço da segurança

Notícia
Em um dia comum, a dona-de-casa Adriana, 39, sai de manhã para a sua aula de ginástica, passa no salão de beleza para fazer as unhas, leva o filho ao curso de inglês (…)e compra no mercadinho algum ingrediente que falta para o almoço. Ao fim do dia, ainda acompanha os treinos da filha na quadra de tênis e, se der, assiste a um filme no cinema com as suas amigas. Para fazer todas essas atividades, porém, nem Adriana nem seus filhos precisam colocar um pé que seja para fora do condomínio em que vivem, na zona sul de São Paulo. Repletos de equipamentos de lazer e serviços, um número cada vez maior de prédios de São Paulo permite que moradores adotem o “enclausuramento” – termo adotado pelos próprios executivos do mercado imobiliário para uma condição duramente criticada por vários urbanistas. Antes presente apenas em poucos condomínios de alto padrão, essa infra-estrutura chegou agora à classe média (…). A tendência se apóia em três fatores, segundo diretores de incorporadoras ouvidos pela Folha: praticidade, qualidade de vida e segurança – o último aspecto, aliás, é tão forte que alguns dos moradores entrevistados pela reportagem não quiseram se identificar, com medo da exposição.”As pessoas querem sair de casa o menos possível, devido ao trânsito e à violência.[A oferta de serviços] é uma solução simples para um problema grave”, diz Roberto Perroni, 42, diretor-superintendente da Camargo Corrêa.(…)

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