Fonte
MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 30/01/11 | CADERNO: Rio | PÁGINA: 1 e 16

Temas
Índices
Comportamento e sociabilidade

Notícia
Um levantamento feito pelo Instituto Pereira Passos, da prefeitura do Rio, constatou, por meio de fotografias aéreas, que o número de favelas do Rio diminuiu em dois anos cerca de 392 mil metros quadrados, o equivalente a 47 campos de futebol (…). Segundo o prefeito Eduardo Paes, o fato é inédito e seria uma consequência direta da política de reassentamento de famílias que moram em áreas de risco. (…) O prefeito prometeu que, até 2012, essa política de reassentamento vai permitir a recuperação de 3,5% da área ocupada pelas favelas no Rio.
(…)
— Há muita coisa acontecendo neste momento, o que me dá tranquilidade para dizer que, no ano que vem, a redução vai ser ainda maior. Mas o mais interessante é que não se trata de uma política de remover e jogar em qualquer lugar .Todos os assentamentos foram feitos com muito respeito à dignidade das pessoas. É claro que há uma hora em que é preciso usar a força do poder público. Mas fizemos tudo com muita negociação — afirmou o prefeito.
(…)
De acordo com o IPP, levantamentos semelhantes realizados anteriormente vinham registrando o aumento das áreas ocupadas de forma irregular. (…) O quadro, porém, teria começado a mudar entre 2008 e 2009 (…). Só no ano seguinte, entre 2009 e 2010, as fotos aéreas teriam registrado o encolhimento das favelas de forma efetiva, comum a redução de 374.122 metros quadrados —ou 0,8% da área total ocupada. O próprio prefeito reconhece que o percentual, embora tímido, é bastante significativo:
—Pela primeira vez na história da cidade, conseguimos registrar uma redução na área de favelas.Mas não é só isso. Desde 2009, não há registros do surgimento de novas favelas. Aqui você tem também uma mensagem muito clara, que é a de que a gente não vai tolerar invasão na cidade.
(…)
—É bom frisar que não estamos fazendo remoções por questões estéticas. Estamos retirando pessoas que estavam em áreas de risco. Não se pode dizer que todo mundo está feliz, pois é possível que ainda haja alguém que prefira ficar à beira do desfiladeiro. Mas não há um caso em que essa negociação não tenha sido feita de maneira digna, com muito respeito, dando opções ao morador de receber a indenização ou o aluguel social, até ser incluído no programa Minha Casa, Minha Vida — disse Paes.
(…)

Skip to content