Fonte
MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 17/11/11 | CADERNO: Rio | PÁGINA: 15

Temas
Índices de renda
Riqueza e exclusão
Concentração de renda

Notícia
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Na Rocinha, segundo o estudo, em 2010, a renda média mensal por pessoa com 10 anos ou mais era de R$ 488,11. O valor é a décima parte do rendimento médio por mês dos vizinhos de São Conrado, com R$ 5.005,74. Ainda como prova dessa disparidade, no ano passado, havia na favela 3.704 analfabetos maiores de 5 anos (6,39% da população) contra 76 pessoas nas mesmas condições em São Conrado (0,75% dos moradores). E, no quesito saneamento, na Rocinha, 14,6% das casas não tinham banheiro ou sanitário ligados à rede de esgoto ou de águas pluviais, frente a 1,4% das residências em São Conrado. (…)
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Os bairros com menor renda do Rio também figuravam entre aqueles com maiores taxas de analfabetismo para maiores de 5 anos: Grumari (11,11%), Gericinó (7,79%), Acari (7,33%), Maré (7,24%), Mangueira (6,66%) e Complexo do Alemão (6,54%). Já em termos de saneamento, enquanto a coleta de lixo era praticamente universalizada na maior parte da cidade, em Manguinhos 10,06% das casas não tinham o serviço, pior índice do Rio. Na dobradinha água e esgoto, era o entorno da Barra que tinha dados mais preocupantes: em Vargem Grande, só 54,7% da população possuíam abastecimento de água por rede geral e 28,22% dos domicílios tinham banheiro ou sanitário ligados à rede pluvial ou de esgoto.
Para a socióloga Verônica de Almeida, da UFRJ, tamanha desigualdade no Rio sintetiza um fenômeno que acontece em todo o Brasil.
— Os programas sociais não têm sido eficazes para promover uma melhor distribuição de renda entre a população. Isso possibilita extremos como Acari e a Lagoa, símbolos de discrepâncias que permanecem no país inteiro.
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