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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: Folha de São Paulo | DATA: 18/06/2000 | CADERNO: | PÁGINA:

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Índices sociais

Notícia
Moradores de rua, sem-terra que rondam pelo país com seus acampamentos e outros sem-endereço que perambulam pelas cidades podem ser considerados os “excluídos dos excluídos”. Para o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão federal responsável pelo recenseamento da população brasileira, eles simplesmente não existem.
Se os técnicos do instituto conseguirem aprimorar enormemente a metodologia do Censo 2000, o grupo de inexistentes ficaria, no mínimo, em torno de 3,35 milhões de pessoas (número referente aos que constam do cadastro do IBGE e que não são localizados pelos entrevistadores).
Não existem no país estatísticas sobre a população que vive nas ruas, dormindo em caixotes e em bancos de praça. Pouquíssimas prefeituras têm a preocupação de quantificar esses sem-nada.
Só para se ter idéia do que esse grupo representa, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Santos e Campinas, 18.096 vivem nas ruas. No país, há outras 5.500 cidades.

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