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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 05/10/2005 | CADERNO: Economia | PÁGINA:

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Índices sociais
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Baixa remuneração e pouca escolaridade resumem o perfil da maioria absoluta dos trabalhadores com carteira assinada no Brasil. Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), houve um achatamento nos salários entre 2001 e 2003, quando a proporção de empregados na faixa entre um e três salários-mínimos subiu de 58,1% para 64,2% da força de trabalho. Ao mesmo tempo, houve uma queda de 6,2 pontos percentuais no número de pessoas contratadas com valores acima de três pisos.
O levantamento revelou também que, do universo de 29,5 milhões de trabalhadores, 26% não concluíram o ensino fundamental (1 a 8 série) e 1% (288.322) são analfabetos.
Para os especialistas em mercado de trabalho, a concentração de empregados na faixa salarial de até três salários-mínimos tem relação direta com a baixa escolaridade.
Os dados relativos à escolaridade mostram percentual elevado dos trabalhadores que não terminaram o ensino médio (16,4%) e dos que concluíram essa etapa mas não conseguiram chegar à faculdade (29,5%).
De acordo com o levantamento, a indústria (transformação, extrativa, serviços de utilidade pública e construção) pode ser o mais dinâmico dos setores, mas ainda tem sérios problemas. Dos 6.846 milhões empregados pelo segmento, 23,9% recebem entre um e três salários-mínimos. Além disso, 1,3% desse total é de analfabetos (mais que a média nacional) e quase um terço deles não concluiu o ensino fundamental — numa área que se moderniza a passos largos.

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