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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: Folha de São Paulo | DATA: 06/02/2000 | CADERNO: | PÁGINA:

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Índices sociais

Notícia
Não fazer nada o ano inteiro é a rotina de 98 mil jovens de 15 a 24 anos que vivem na região metropolitana do Rio. Segundo o IBGE, eles não estudam e nem trabalham. Outros 305 mil na mesma faixa etária, que poderiam estar estudando ou trabalhando, só ajudam nos serviços de casa, como cuidar dos irmãos e fazer limpeza doméstica.
Quem vive nessas regiões cresce ao lado do tráfico e certamente já perdeu um parente ou um amigo para as drogas. Os números do Tribunal de Justiça mostram o avanço do tráfico entre jovens: a maior parte dos processos relacionados a tráfico de drogas (60% do total do Estado) está na Vara da Infância e Juventude, por onde passam os menores infratores.
Entre o tráfico e o desemprego, o jovem pobre do Rio se atrasa na escola ou deixa de estudar. O jovem do subúrbio vê TV, mas não lê nem vai ao cinema. Ouve muito funk, hip hop e pagode. E sonha: com emprego, futebol e fama. Mas há também quem, com 18 anos, se ache velho e não sonhe mais com nada.

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