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MÍDIA: Jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 16/06/2008 | CADERNO: cotidiano | PÁGINA: 15

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Índices de renda

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As crises globais não vêm para todos. Ano passado, apesar da turbulência nos mercados, o Brasil registrou o terceiro maior aumento no número de milionários em todo o mundo. Segundo pesquisa divulgada ontem pelo banco de investimentos Merrill Lynch e pela consultoria Capgemini, eles são 143 mil no Brasil, 19,1% a mais que em 2006. Resultado bem acima da alta global de 6%, que deixou o mundo com 10,1 milhões de milionários, contra 9,5 milhões em 2006 — um aumento de 600 mil. O Brasil só perdeu para Índia e China, com altas, respectivamente, de 22,7% e 20,3%.
A pesquisa conta aqueles com patrimônio — imóveis, ações e aplicações financeiras, entre outros, excluindo-se a moradia — superior a US$ 1 milhão. A riqueza global aumentou 9,4%, para US$ 40,7 trilhões. Pela primeira vez, a média per capita de ativos ultrapassou US$ 4 milhões. Já a população dos ultra-ricos — aqueles com patrimônio superior a US$ 30 milhões, também sem contar a moradia — cresceu 8,8%, para 103.300.
Na Rússia —país que forma o grupo emergente Bric, ao lado de Brasil, Índia e China —, a expansão no número de milionários desacelerou de 15,5% em 2006 para 14,4% no ano passado. Mesmo assim, a Rússia ficou com a décima maior alta no mundo. O ranking, aliás, é dominado por emergentes: depois de Brasil, vêm Coréia do Sul (18,9%), Indonésia (16,8%), Eslováquia (16%), Cingapura (15,3%), Emirados Árabes Unidos (15,3%) e República Tcheca (15,1%).
O relatório destaca o peso dos emergentes, onde o aumento no número de milionários deveu-se, em grande parte, à “expansão vigorosa das exportações e ao aumento da demanda interna”. E ressalta o papel da “crescente aceitação dos centros financeiros emergentes como atores globais” na expansão dessas economias.

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