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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 11/12/2005 | CADERNO: Niterói | PÁGINA:

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Medo como mercadoria Privatização e terceirização da segurança

Notícia
Setenta por cento da segurança particular de Niterói são clandestinos. O número é do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ), que revela outro dado alarmante: esse mercado paralelo, sustentado basicamente por comerciantes do Centro e moradores da Zona Sul, é formado por cerca de três mil homens, enquanto o 12 BPM (Niterói) conta com aproximadamente 730 policiais para patrulhar as ruas. (…) O presidente do Sindesp-RJ, Frederico Câmara, afirma que de cada dez firmas visitadas pelo sindicato em Niterói, seis estão ilegais. (…) Pereira ressalta que a maioria das tropas clandestinas é chefiada por militares, aposentados ou não, que se valem de seus cargos para conquistar a confiança dos clientes:
— São policiais militares ou civis, bombeiros e funcionários do Exército que se aproveitam de seus cargos para dar mais garantias.
(…) Uma estatística do Sindesp-RJ revela que 90% dos casos policiais envolvendo seguranças, como disparo de armas de fogo, agressões e até mesmo homicídios, são praticados por clandestinos.
Além de afirmar que 70% da segurança particular em Niterói é ilegal, Frederico Câmara garante que 100% dos vigilantes contratados por comerciantes do Centro são clandestinos. (…) A segurança privada só é permitida em áreas particulares. O patrulhamento em área públicas cabe à Polícia Militar.

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