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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: Folha de São Paulo | DATA: 24/09/2005 | CADERNO: Cotidiano | PÁGINA:

Temas
Discriminação
Políticas públicas de segurança

Notícia
A decisão do prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), de colocar rampas antimendigo na passagem subterrânea que liga a avenida Paulista à Doutor Arnaldo foi criticada por urbanistas, advogados, integrantes da Igreja Católica e sociólogos. A medida, segundo alguns deles, pode levar a um “apartheid social” na cidade.
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Serra, com a justificativa de reduzir os assaltos na área, iniciou a construção dessas rampas, com piso chapiscado (áspero), que dificultam a tentativa de dormir no local. (…)
Rubens Adorno, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, disse que a criação das rampas é uma ação “tapa-buraco”. (…)
Na opinião do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP João Whitaker, essa ação da prefeitura se insere em uma política mais ampla de “limpeza social”, que reflete uma maneira de ver a cidade e a produção do espaço urbano.
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O desembargador e presidente da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, Antonio Carlos Malheiros, acredita que a prefeitura esteja mais uma vez indo pelo “caminho errado”. (…)
Malheiros não concorda com a justificativa de impedir a criminalidade. (…)
A socióloga Camila Giorgetti, que aborda em sua tese de doutorado apresentada na PUC-SP como o paulistano trata os moradores de rua, afirma que a violência é sempre a justificativa utilizada para expulsá-los dos locais públicos.(…)

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