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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 24/03/10 | CADERNO: Primeiro caderno | PÁGINA: 13
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Políticas públicas de segurança
Notícia
A continuidade das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas do Rio pode ser assegurada. O deputado estadual Alessandro Molon (PT) apresentou na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) um projeto de lei que garante a permanência das UPPs já existentes, ou que ainda serão implantadas, por um período mínimo de 25 anos.A ideia é fazer com que o projeto — que já tem seis unidades instaladas e uma em processo de implantação — vá além da política de governo.— Queremos garantir que as UPPs se transformem em política de estado.(…) Há várias razões para se manter as UPPs. Uma delas é garantir a segurança dos moradores que já manifestam apoio aos policiais.Eles serão mortos se o tráfico voltar à comunidade — explicou o deputado.
Apresentado semana passada, o projeto impede a redução das instalações das UPPs e prevê que, a cada cinco anos, sejam realizados estudos sobre os índices de violência da área para se saber o efetivo de policiais necessário.(…)A cientista social Silvia Ramos, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (Cesec), aprova a proposta de Molon. Para ela, o projeto de lei é um meio de proteger de questões eleitorais uma política pública que vem dando certo.
— De fato, a UPP é uma conquista para o Rio: depois de 20 anos de uma polícia que entrava na favela como se estivesse em guerra, surge a polícia comunitária. O projeto contribui até para que o atual governo não volte atrás. Hoje, o principal medo do morador é a descontinuidade das unidades.