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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 28/04/10 | CADERNO: Primeiro caderno | PÁGINA: 1,13 e 14

Temas
Políticas públicas de segurança

Notícia
A Polícia Militar começa hoje a ocupar cinco favelas da Tijuca para a instalação de pelo menos uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no Morro do Borel, um dos mais antigos redutos de traficantes do Rio. De uma só vez, mais de cem policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), auxiliados pelo Batalhão de Choque e pelo 6º BPM (Tijuca), pretendem ocupar e prender criminosos do Borel, da Formiga, da Casa Branca, da Chácara do Céu e do Morro do Cruz, onde residem cerca de 16 mil pessoas, segundo dados do Censo 2000 não atualizados. O governador Sérgio Cabral afirmou ontem que todas as comunidades da Tijuca serão pacificadas ainda este ano. Até o fim do ano, a Secretaria de Segurança planeja instalar mais oito UPPs, totalizando 15 na capital, que vão beneficiar 210 mil pessoas em 59 comunidades. Além do Borel (já definida), deverão ser instaladas UPPs na Mangueira, no Turano, no Salgueiro, no Andaraí e no Morro dos Macacos. Uma favela do Centro — possivelmente Mineira, parte do São Carlos — e outra em Santa Teresa — também serão ocupadas até o fim de 2010. A Secretaria de Segurança ainda vai decidir se o Morro da Formiga, que fica em frente ao Borel, ambos controlados pelo mesma facção, receberá uma unidade.(…)De acordo com Cabral, após a implantação da UPP, muitos jovens abandonam o crime e se adaptam à nova ordem na favela. — Se são 30 criminosos, 25 abandonam aquela atividade e vão tocar a vida, adaptando-se à vida nova na comunidade. Os líderes, quatro ou cinco, deixam a favela e vão para outro local. Mas a maioria abandona a vida no crime. E tenho notícias de jovens que deixaram o crime e estão trabalhando ou estudando. Segundo Cabral, as UPPs já beneficiam 15% do total de moradores de favelas do Rio. — Até o fim do ano, poderemos beneficiar 30% —planeja Cabral.De acordo com o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Tijuca, Jaime Miranda, haverá impulso para o comércio, valorização imobiliária e resgate do jeito tijucano de ser.(…)

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