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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: Folha de São Paulo | DATA: 23/05/10 | CADERNO: Cotidiano | PÁGINA: 15

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Políticas públicas de segurança

Notícia
A massagista Fátima Martins, 50, saiu ansiosa de seu barraco, no pacificado morro da Babilônia, zona sul do Rio, ao ouvir os cliques da câmera fotográfica da Folha.”Estão procurando casas em área de risco? Vocês são do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]?”Nascida e criada na região, Fátima aguarda obras na favela há cinco décadas. Quase um ano após a instalação da Unidade Pacificadora, ela não aguenta mais esperar.”Com a chegada da polícia, a comunidade ficou muito mais tranquila. Mas vemos obras em vários lugares e aqui ainda não chegou.”
Agora, o que se vê no Babilônia são crianças brincando e moradores subindo e descendo. “Na época antiga, eles não mexiam com a gente. Mas não ficava tranquila com os meninos andando e vendo fuzil e granadas”, diz Cristina Chagas, 27.
Hoje as crianças jogam futebol sob a vista de policiais militares, que portam pistolas escondidas no coldre.Mas a mudança na comunidade não satisfez totalmente os moradores, que agora aguardam obras de urbanização.”Só quando todas as casas caírem em cima das crianças eles vão fazer algo”, reclama Isabela de Paula, 21.

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