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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O GLOBO | DATA: 12/05/10 | CADERNO: RIO | PÁGINA: 17

Temas
Políticas públicas de segurança

Notícia
Com chamada de capa, a revista inglesa “The Economist”, em sua versão online, dedicou uma grande reportagem à Cidade de Deus, internacionalmente conhecida por causa do filme, que chama a atenção para as mudanças profundas ocorridas na favela, uma das mais violentas da cidade, desde a instalação, no ano passado, de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). O artigo diz que o estado reassumiu o controle do território e expulsou o tráfico, acabando com a presença ostensiva de bandidos armados, muitos adolescentes, nas ruas. Segundo a revista, uma facção criminosa havia implantado um reinado de terror graças à “incompetência brutal da polícia e à omissão das autoridades”.Dona de um bar na favela, Jeanne Barbosa, que perdeu um sobrinho atingido por uma bala perdida durante um confronto, dá a seguinte declaração: “Antes, era um horror. Corpos eram atirados de carros e crianças andavam com armas”.Para a revista, o Rio passa por uma espécie de renascimento, um “momento mágico”, por sinal, título do artigo. O eixo central é sempre a Cidade de Deus, com seus mais de 60 mil moradores. O novo cenário é atribuído a uma força formada por 318 policiais da UPP. Os resultados são descritos como surpreendentes.Os números de assassinatos são usados para efeito de comparação.
Foram 29 homicídios em 2008 e apenas um este ano, em que não houve uso de arma de fogo.Um entrevistado, descrito como alguém com olhar perdido de um usuário de crack, fala de abusos policiais: “89% deles são corruptos”. Foi feita referência ainda à intensa atividade informal e aos serviços piratas, de TV e luz.A revista observa que o plano do secretário de Segurança, José Beltrame, é inaugurar 40 UPPs que vão beneficiar 500 mil pessoas em quatro anos. Um mapa, publicado na reportagem, mostra que as UPPs foram instaladas próximo de locais estratégicos para a Copa e as Olimpíadas de 2016.(…)

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