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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O GLOBO | DATA: 11/08/10 | CADERNO: RIO | PÁGINA: 17
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Políticas públicas de segurança
Notícia
A estratégia da Secretaria de Segurança é ter dois grandes blocos de UPPs: um na Zona Sul e outro na Grande Tijuca. Segundo o subsecretário de Planejamento e Integração Operacional do órgão, delegado Roberto Sá, as metas são reduzir as estatísticas de criminalidade e aumentar a sensação de segurança da população: — Nosso projeto de segurança com as UPPs tem algumas variantes como, por exemplo, o fator econômico (as unidades ficam nas áreas onde está boa parte da riqueza da cidade) e o de tempo (para formar novos policiais). Tudo isso, aliado ao número de policiais que estão sendo formados para ocupar as comunidades.Cerca de mil homens ainda estão sendo preparados.Esse número pode ser o suficiente para uma grande favela ou três comunidades, até o fim do ano.Temos que administrar isso. Para o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, há uma tendência natural de expansão das UPPs em direção à região central da cidade ou ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Mas Paulo Henrique ressalta que a migração de bandidos para outras comunidades pode definir quais as próximas favelas a serem ocupadas: — Na lista de 40 comunidades onde a Secretaria de Segurança planejou instalar UPPs, até 2014, estão comunidades da região central da cidade, como Mineira e São Carlos, e também o Morro dos Macacos. O fato de os bandidos estarem saindo das favelas com UPPs também pode causar mudanças nos planos. A expansão das UPPs na Grande Tijuca já tem acarretado a valorização de imóveis em mais de 80%. Desde junho, quando traficantes começaram a ser expulsos da região, imobiliárias passaram a registrar um aumento na oferta de casas e apartamentos em ruas antes desvalorizadas. Além disso, a ocupação no Morro do Turano praticamente consolida o bloco de UPPs na Grande Tijuca, faltando agora implantar unidades nos morros da Mangueira e dos Macacos.
Na Zona Sul, onde fica o outro importante bloco de UPPs, a valorização imobiliária é sentida desde 2009.(…)