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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O GLOBO | DATA: 02/10/10 | CADERNO: RIO | PÁGINA: 22

Temas
Políticas públicas de segurança

Notícia
Em contraste com as comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), onde a polícia expulsa o tráfico armado e retoma de vez o território, a Favela da Palmeirinha, em Guadalupe, não foi ocupada pelo poder público após a prisão de milicianos que dominavam a região, há cerca de um ano. Esse vácuo abriu espaço para a volta do tráfico. Para não chamar a atenção, no entanto, os bandidos mudaram a es tratégia de vender drogas:eles não ostentam mais armas.A exemplo do que aconteceu na Palmeirinha, traficantes teriam tentado retomar ontem os morrosdo Dezoito, em Água Santa, e do Fubá, em Cascadura, onde, há uma s emana, uma milícia foi des articulada. A PMinformou que estava de prontidão para evitar confrontosna área.Na Palmeirinha, segundo a Draco, traficantes mantêm seus negócios ilícitos e continuam pagando propinas cada vez mais altas a policiais da banda podre. Na favela, a milícia era chefiada pelo ex-PM Fabrício Fernandes Mirra, preso em agosto de 2008.O delegado titular da Draco, Cláudio Ferraz, responsável pelas prisões dos integrantes do grupo de Mirra, frisou que tanto a milícia quanto o tráfico têm que s er combatidos: — O tráfico e a milícia acabam sendo manipulados por policiais corruptos e, obviamente, alguns políticos.A banda podre impulsiona os dois grupos organizados, para arrumar dinheiro para ela.

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