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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O GLOBO | DATA: 09/01/11 | CADERNO: RIO | PÁGINA: 18

Temas
Políticas públicas de segurança

Notícia
A paz celebrada no último réveillon por cerca de 103 mil moradores dos complexos da Penha e do Alemão virou objeto de desejo de milhares de pessoas que ainda vivem em favelas dominadas pelo poder paralelo. As duas comunidades já estão na lista das que ganharão Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que somarão 40 até 2014. Assim, 850 mil habitantes se beneficiarão, diretamente, do policiamento comunitário. Até agora, 13 UPPs já foram implantadas na capital. Outras já estão garantidas, como a dos morros São João, do Quieto e da Matriz, no Engenho Novo, recentemente ocupados. As 40 unidades foram inicialmente planejadas pela Secretaria
de Segurança para o município do Rio. Mas há um fator que vai alterar o produto: o êxodo de bandidos para favelas de Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense. Com isso, o programa da polícia pacificadora vai se estender para fora da capital. Traficantes de áreas ocupadas pelas forças de segurança migraram para favelas como Mangueirinha, em Duque de Caxias, e Salgueiro, em São Gonçalo. No primeiro caso, a comunidade recebeu bandidos da Vila Cruzeiro e do Alemão, que já costumavam frequentar os bailes funk locais. No caso do Salgueiro, a favela foi escolhida
por sua proximidade com a Ponte Rio- Niterói, o que facilita a fuga. As duas favelas estão entre as comunidades com mais chances de ser beneficiadas pelo programa das UPPs. Com isso, pela primeira vez a Região Metropolitana será contemplada — Estamos estudando a ampliação do projeto para a Baixada Fluminense e para São Gonçalo e Niterói. Ajustes e mudanças são realizados de acordo com a necessidade e a conveniência administrativa. Entretanto, os princípios básicos dessa política pública permanecem inalterados — afirmou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.(…)

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