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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 14/11/11 | CADERNO: Rio | PÁGINA: 11

Temas
Políticas públicas de segurança

Notícia
Eram 12h43m quando moradores da Favela da Rocinha soltaram um grito em uníssono. As bandeiras do Brasil e do Estado do Rio já estavam hasteadas no meio da comunidade, e um grupo de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) havia acabado de cantar o Hino Nacional, quando uma multidão espremida na rua, em frente ao mastro, começou a aplaudir, assoviar e gritar em aparente euforia. A receptividade dos moradores do Vidigal e da Rocinha surpreendeu os policiais militares, que costumam ser hostilizados durante as ocupações. Nos primeiros dias da mais recente delas, na Mangueira, por exemplo, os moradores se recusavam até a dar água aos PMs.
— Até que enfim — exultou uma moradora da Rocinha, batendo palmas com os braços para o alto, acompanhada por dezenas de vizinhos. — Queríamos isso mesmo.
As bandeiras foram hasteadas por duas oficiais da Polícia Militar num mastro instalado num trecho muito conhecido na comunidade, a Curva do S, que fica em frente à unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, fez uma de suas últimas aparições públicas, na semana passada. Na ocasião, ele teria sido vítima de uma overdose de ecstasy, depois de uma festa na comunidade. (…)

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