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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 04/11/11 | CADERNO: Rio | PÁGINA: 13

Temas
Políticas públicas de segurança

Notícia
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) faz há duas semanas operações diárias num dos territórios mais hostis do Rio: o Complexo da Maré, onde a tropa de elite pretende instalar sua sede até o fim deste ano. A dificuldade das operações do batalhão é comprovada pelos números. O complexo é constituído por 16 comunidades carentes, com 130 mil habitantes — densidade demográfica de 25 mil habitantes por quilômetro quadrado. Lá, integrantes de duas facções criminosas e de uma milícia disputam a tiros o domínio territorial.
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O maior desafio do Bope na ocupação da Maré, na opinião do coronel da PM Milton Corrêa da Costa, especialista em segurança pública, será fazer com que a população não encare a tropa como uma força policial simplesmente repressora, e sim como uma força de parceria, importante para a reintegração social da região:
— Todos sabemos que o Bope é uma tropa especial de combate urbano, que tem sido empregada, num primeiro momento, como força precursora de ocupação na implantação das UPPs. Entretanto, a ocupação do Complexo da Maré pela tropa de elite da PM terá que ser executada com toda a cautela possível no que se refere ao aspecto do respeito aos direitos civis e conquista da comunidade local.
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