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MÍDIA: jornal | VEÍCULO: Folha de São Paulo | DATA: 12/09/11 | CADERNO: Cotidiano | PÁGINA:
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Políticas públicas de segurança
Notícia
Vinte meses depois da instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no morro do Cantagalo, em Copacabana, no Rio, os moradores da favela ainda mantêm uma relação contraditória com a polícia, mostra pesquisa do Centro de Justiça e Sociedade da Escola de Direito da FGV-Rio.
Mais de 70% dos entrevistados avaliam que a segurança melhorou com a presença dos policiais, e 22% citam o policiamento como a principal qualidade do Cantagalo.
Do outro lado, 47% já passaram ou tiveram alguém da família que passou por revista. Maus-tratos por parte da polícia e prisões indevidas encabeçam as queixas dos 29% que, no último ano, julgaram ter seus direitos desrespeitados pelos policiais.
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Com o objetivo geral de medir o acesso da população a serviços da Justiça, a pesquisa foi realizada também na favela do Vidigal (São Conrado, zona sul). A comunidade não tem UPP e o tráfico é dominado pela facção ADA (Amigo dos Amigos).
Uma das diferenças observadas entre as duas favelas foi na avaliação da polícia. Numa graduação de zero a dez, ela teve nota média de 6,2 no Cantagalo, contra 4,7 no Vidigal. (…)
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(…) Apesar das diferenças, nos dois morros mais de 50% dos moradores afirmam se sentir seguros.