Fonte
MÍDIA: jornal | VEÍCULO: O Globo | DATA: 02/10/10 | CADERNO: Primeiro caderno – Rio | PÁGINA: Capa, 22 e 25

Temas
Privatização e terceirização da segurança
Políticas públicas de segurança

Notícia
Em contraste com as comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), onde a polícia expulsa o tráfico armado e retoma de vez o território, a Favela da Palmeirinha, em Guadalupe, não foi ocupada pelo poder público após a prisão de milicianos que dominavam a região, há cerca de um ano. Esse vácuo abriu espaço para a volta do tráfico. Para não chamar a atenção, no entanto, os bandidos mudaram a estratégia de vender drogas: eles não ostentam mais armas.
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Na Palmeirinha, segundo a Draco, traficantes mantêm seus negócios ilícitos e continuam pagando propinas cada vez mais altas a policiais da banda podre. Na favela, a milícia era chefiada pelo ex-PM Fabrício Fernandes Mirra, preso em agosto de 2008.
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Para o presidente da Associação de Moradores da Palmeirinha, Gabriel Pereira da Silva, de 24 anos, a favela está abandonada. Segundo ele, enquanto a região esteve nas mãos das milícias, os moradores tinham mais despesas: precisavam pagar a chamada taxa de proteção (R$ 25) e 20% de comissão pela venda de imóveis na favela. Além disso, pagavam taxas por serviços como transporte alternativo, venda de bujão de gás, TV a cabo e internet em banda larga.
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