Autoras
Camila Bezerra Furloni – Bolsista de Iniciação Científica CNPq
Camila S. Madeira Cardoso – Bolsista de Iniciação Científica FAPERJ
Colaborador
Artur Mendes de Oliveira[1] – Bolsista de Iniciação Científica FAPERJ
Orientadora
Profª Drª Sônia Maria Taddei Ferraz
Evento
– XV Seminário de Iniciação Científica da UFF – Niterói, novembro de 2005
– VI CICAU – Congresso de Iniciação Científica de Arquitetura e Urbanismo, no XXX ENEA – Encontro Nacional dos Estudantes de Arquitetura – Olinda, julho de 2006

Resumo

Como um novo desdobramento da pesquisa, “Arquitetura da Violência”, o presente trabalho tem como objetivo estabelecer um paralelo entre as razões e as semelhanças das estratégias arquitetônicas de proteção e segurança patrimoniais adotadas em dois momentos diferentes na história: a Idade Média (situado, aproximadamente, entre os séculos V e XV) e a contemporaneidade (final do século XX e início do XXI) As análises do quadro atual têm sido particularizadas no quadro residencial, do Rio de Janeiro e São Paulo, desenhado pelo medo da violência, pela proteção patrimonial e em suas repercussões sociais, enquanto que as do medieval, na proteção dos feudos.
A violência, de forma geral, tem sido recorrente em grande parte dos trabalhos acadêmicos e notícias jornalísticas, difundindo e produzindo uma determinada idéia de proteção e de segurança, o que se desdobra em um quadro urbano de auto-confinamento e/ou auto-aprisionamento, controle, e vigilância pela sociedade de média e alta renda, com o uso de, por exemplo, de seteiras, muralhas, torres de vigia, paliçadas e fosso.
O resgate de estratégias construtivas e tipológicas medievais pela sociedade contemporânea fomenta uma cultura e uma arquitetura do medo, determinadas pela suposta necessidade de proteção contra invasores. São edifícios residenciais onde estão incorporados, em larga escala, elementos e equipamentos de proteção e segurança, que se multiplicam diariamente com as ofertas do mercado e contribuem para aumentar a sensação coletiva de insegurança.
Logo, a análise dessa arquitetura, que traz a tona valores medievais, de uma história pretérita, pode auxiliar a leitura desses reflexos espaciais, assim como, a análise, e as reflexões acerca das relações sociais que tem caracterizado a dita “pós-modernidade”: individualistas, intolerantes e excludentes.
Pesquisa financiada pela FAPERJ -Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro
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[1] Bolsista recém ingressado na pesquisa, em fase inicial de participação

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